Resumo

O uso terapêutico de produtos advindos de plantas pela população tem aumentado nas últimas décadas devido ao fácil acesso e o baixo custo. A prática oficial destas terapias nos serviços de saúde requer o conhecimento científico para obtenção de fármacos seguros. Tendo em vista a alta utilização de plantas da família Laminaceae para fins medicinais, este estudo tem como objetivo determinar a atividade antibacteriana e a Concentração Mínima Inibitória (CIM) in vitro de alecrim (Rosmarinus officinalis L.), erva-cidreira (Lippia alba (Mill.) N.E.Br) e hortelã (Mentha arvensis L.), frente às bactérias patogênicas, Staphylococcus aureus e Escherichia coli. Os extratos aquosos e metanólicos foram preparados nas concentrações de 125, 250 e 500 mg/mL utilizando a parte aérea das plantas frescas, submetidos a análise para avaliação da atividade antimicrobiana, utilizando o método de Kirby-Bauer. A Concentração Mínima Inibitória foi determinada para os extratos que exibiram atividade, pelo método de perfuração em ágar. Todas as análises foram realizadas em duplicata. O extrato metanólico de hortelã e os extratos aquoso e metanólico de alecrim inibiram o crescimento de Staphylococcus aureus. A média obtida do diâmetro dos halos de inibição de crescimento foram: 14,0mm ± 1,4 (500mg/mL), 7mm ± 0 (250mg/mL) do extrato aquoso de alecrim com CIM de 250mg/mL. O extrato metanólico de alecrim apresentou halos de inibição de 18mm ± 1,4 (500mg/mL), 13,5mm ± 0,7 (250mg/mL) e 8mm ± 0 (125mg/mL) com CIM de 7,8 mg/mL e 22mm ± 1,4 (500mg/mL), 17,5mm ± 0,7 (250mg/mL) e 16mm ± 0 (125mg/mL) do extrato metanólico de hortelã com CIM de 7,8 mg/mL. Nenhum dos extratos em teste mostrou atividade contra Escherichia coli. O uso da parte aérea da hortelã e alecrim pode ser uma escolha sustentável, viável e acessível para a antibioticoterapia. No entanto, devem-se intensificar os estudos quanto à caracterização farmacológica, toxicológica para obtenção de fármacos naturais estáveis e seguros.